Tarcísio de Freitas avalia possíveis vices e reforça que só disputa Presidência com aval de Bolsonaro
- Redação | BA071

- 5 de set.
- 2 min de leitura

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem feito sondagens reservadas sobre o perfil e os nomes de um possível candidato a vice em uma eventual corrida presidencial em 2026. Segundo aliados, entre os cotados estão integrantes do centrão, ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL) e até a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
As conversas ainda são consideradas iniciais e sem caráter formal. Pessoas próximas ao governador relatam que a escolha de um vice seria uma das últimas definições de uma chapa, e que Tarcísio só deve avançar na disputa se contar com o aval do ex-presidente.
O movimento ocorre em meio ao julgamento que pode condenar Bolsonaro por participação em tentativa de golpe. Dentro do bolsonarismo, qualquer articulação sobre sucessão é vista como “traição”. Ainda assim, Tarcísio tem sido alvo de críticas dos filhos do ex-presidente, Carlos e Eduardo Bolsonaro, e reagiu com maior protagonismo no Congresso, defendendo a anistia a Bolsonaro.
Entre os nomes elogiados pelo governador estão o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional, e a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS), que poderiam ampliar o alcance eleitoral da chapa junto ao eleitorado nordestino e feminino. Michelle Bolsonaro, por sua vez, é apontada como uma composição considerada “imbatível” por lideranças da direita, pela força do sobrenome e do público evangélico.
No entanto, a tendência é que Michelle concorra ao Senado pelo Distrito Federal, projeto considerado estratégico pelo clã Bolsonaro para ampliar influência no Legislativo. Neste cenário, abre-se espaço para outros aliados, como o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), e até o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que também se apresenta como pré-candidato ao Planalto, mas admite nos bastidores a possibilidade de recuo caso Bolsonaro apoie Tarcísio.
Apesar das movimentações, oficialmente o governador de São Paulo mantém a versão de que concorrerá à reeleição em 2026. Sua assessoria reforça que “não há discussão sobre vice-presidente”. Ainda assim, o tom adotado por Tarcísio em eventos políticos e empresariais, além de embates públicos com o presidente Lula (PT), indicam crescente disposição para se projetar nacionalmente.















