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Comércio baiano projeta melhor Natal em quase uma década, com vendas impulsionadas pelo 13º

Arquivo / Agência Brasil
Arquivo / Agência Brasil

O varejo da Bahia se prepara para o Natal. Segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo da Bahia (Fecomércio BA), as vendas de dezembro devem registrar um crescimento de 2% em relação ao mesmo mês do ano passado, alcançando um faturamento total de R$ 22,6 bilhões.


Caso essa projeção se confirme, o resultado será o melhor desempenho para o mês desde 2015. O cenário é considerado positivo, visto que o índice supera um dezembro de 2024 que já havia sido forte, com alta de 6,8%.


O maior avanço é esperado no segmento de farmácias e perfumarias, com uma previsão de crescimento de 11%, e faturamento de R$ 1,6 bilhão. Este valor representa o maior índice mensal desde o início da série histórica, em 2011, impulsionado pela alta procura por itens de cosméticos, higiene, beleza e perfumes para presentear.


Outros setores importantes também demonstram otimismo:


  • Supermercados: Previsão de alta de 5% na comparação anual, devido à intensa aquisição de insumos, alimentos e bebidas essenciais para as celebrações e encontros sociais de fim de ano.

  • Eletrodomésticos e Eletrônicos: Espera-se um crescimento de 3%, alavancado pela demanda por telefones, televisores e computadores.

  • Materiais de Construção e Outras Atividades: Segmentos como artigos esportivos, joalherias e petshops devem avançar 1%.


O presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes, destaca o impacto decisivo do 13º salário. A entidade projeta que cerca de R$ 2,5 bilhões desse recurso serão destinados às compras no varejo baiano em dezembro, representando o "adicional típico" do período natalino.

“São quase 90 mil vínculos formais a mais do que no final do ano passado no estado, contribuindo para um 13º mais robusto”, pontua Fernandes, ressaltando o papel do emprego formal.


Apesar do otimismo, o consultor econômico da Fecomércio BA, Guilherme Dietze, aponta que o crescimento poderia ser ainda maior se não fosse pela alta taxa de juros e pelo avanço da inadimplência.

“Em novembro, 27,1% das famílias estavam com dívidas em atraso, o maior índice em quase dois anos. Com isso, parte dos recursos [do 13º] deve ser direcionada ao pagamento de débitos anteriores”, explica Dietze.

No entanto, o economista pondera que o mercado de trabalho aquecido — com a menor taxa de desemprego da série histórica do estado, de 8,5% no terceiro trimestre — e o arrefecimento da inflação (acumulada em 4,40% em 12 meses) ajudam a equilibrar o cenário.


Para maximizar o resultado, a Fecomércio BA recomenda que os empresários ofereçam formas de pagamento vantajosas, priorizando descontos no PIX, além de uma divulgação ativa nas redes sociais com horários especiais de funcionamento.


Aos consumidores, a orientação é o planejamento financeiro. É crucial evitar extrapolar o orçamento com presentes para não começar o ano com dívidas e inadimplência, considerando o peso das contas típicas de janeiro.

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