Repressão: China prende líderes de igrejas cristãs
- Redação BA071
- 14 de out.
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O regime comunista chinês deflagrou desde a última quinta-feira (9) uma ampla operação nacional que resultou na prisão de pelo menos 30 pastores e líderes da Igreja Zion (ou Sião), uma das maiores e mais influentes congregações evangélicas não registradas do país.
As detenções em série ocorreram em diversas províncias, incluindo Pequim, Guangxi, Zhejiang e Shandong, e são classificadas por agências internacionais como a mais extensa repressão a igrejas independentes desde 2018. A ação evidencia o endurecimento da política de "sinicização da religião" imposta pelo presidente Xi Jinping.
Entre os detidos está o pastor Ezra Jin Mingri, fundador da Zion Church. Mingri foi preso em sua residência na cidade de Beihai, no sul do país. A acusação formal contra ele é de “uso ilegal de redes de informação”, um crime passível de pena de até sete anos de prisão na China.
A Igreja Zion, estabelecida em 2007, cresceu rapidamente, superando a vigilância estatal ao reunir cerca de 5 mil fiéis em 40 cidades chinesas, frequentemente realizando cultos online.
O porta-voz da Zion Church, o pastor Sean Long, atualmente exilado nos Estados Unidos, informou que, além das prisões, aproximadamente 150 fiéis foram interrogados nos últimos dias e pelo menos 20 líderes da igreja continuam sob custódia. Long relatou que a polícia confiscou computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos da igreja, usados para as atividades clandestinas.
A operação gerou condenação imediata dos Estados Unidos. O Secretário de Estado, Marco Rubio, manifestou repúdio às ações e exigiu a libertação imediata dos religiosos, citando a perseguição à liberdade religiosa pelo Partido Comunista Chinês (PCC).
A repressão visa as chamadas "igrejas domésticas" – congregações que se recusam a se submeter ao controle do Movimento Patriótico das Três Autonomias, o órgão estatal que supervisiona as atividades cristãs na China.















