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Dano no casco pode ter sido causa de implosão do submarino, explica professor da (UFSC)

Segundo Thiago Tancredi, dano na estrutura do casco é uma das causas possíveis da implosão.

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Foto: Globo / g1.com

Ainda não se sabe o motivo que levou à implosão do submarino Titan, mas o professor do curso de engenharia naval da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e supervisor do laboratório de simulação naval, Thiago Pontin Tancredi, concedeu uma entrevista para o portal g1.com explicando algumas questões técnicas e possibilidades.


Segundo Thiago, é sabido que quando um submarino mergulha, a pressão da água aumenta progressivamente e por conta disso, tradicionalmente, esses veículos são projetados para suportar a pressão da coluna d'água, sendo construídos com cascos reforçados e materiais resistentes.


Entretanto, o professor explicou, ainda, que o Titan era feito de fibra de carbono e titânio, dois materiais sobre os quais há pouco estudo sobre como se comportam quando sujeitos a várias pressões diferentes.


Segundo Tancredi, um dano na estrutura do casco é uma das causas possíveis da implosão.


"Quando submerge e emerge, [o submarino] vai acumulando danos. Não é porque fez a missão uma vez que é seguro [fazer sempre]. Fazer a missão uma vez significa que ele estava bem dimensionado, mas vai acumulando amassados e trincas, o que pode levar a uma falha estrutural", afirma Thiago.

O professor de engenharia naval afirma que a pressão exercida em um submersível a 3,8 mil metros de profundidade é equivalente a um elefante apoiado em cada pedaço de 5 x 5 centímetros (25 centímetros quadrados) do casco.

Se a pressão externa exceder a resistência da estrutura, isso causa um desequilíbrio de pressão dentro e fora do casco, resultando em um colapso súbito da estrutura.


A implosão ocorre justamente quando a pressão da água esmaga o casco do submarino, comprimindo-o para dentro. Ainda de acordo com o professor e engenheiro naval Thiago Pontin, um pequeno amassado no casco, ainda que represente algo em torno de 2% de toda a sua superfície, é suficiente para reduzir a profundidade máxima de operação de um submarino em 50%.

Como é feito de fibra de carbono, a implosão deve ter causado um efeito similar ao vidro estilhaçado, se partindo em muitos pedaços. Já as partes em titânio devem se comportar como metal, ficando retorcidas, segundo a avaliação de Pontin.

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