Vereadora Aladilce Souza critica "termos chulos" de Bruno Reis e falta de transparência
- Redação BA071
- 24 de out.
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A vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS), lamentou na última quinta-feira (23) o linguajar utilizado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) para rebater as críticas feitas pela oposição sobre a aprovação de projetos do Executivo na última quarta-feira (22).
O prefeito havia reagido às declarações dos oposicionistas, afirmando que "a oposição na Câmara Municipal precisa olhar para o rabo para depois poder falar”. Em resposta, Aladilce classificou o comentário como "lamentável" e "incompatível" com o cargo.
“É lamentável que um prefeito use termos tão chulos para se referir à fala de vereadores, ou de qualquer outra pessoa. É incompatível com o cargo que ele ocupa e as pessoas que ocupam cargos precisam ser referência de comportamento, de atitude", disse a vereadora.
Ela afirmou ainda que a postura do prefeito revela mais sobre sua gestão: "Essa expressão que ele usou, de que a gente devia olhar pro próprio rabo, fala muito mais sobre ele, sobre a postura dele como gestor que não respeita os outros poderes", destacou.
Em um contraponto, Aladilce sugeriu: “Ele, de forma debochada, manda a oposição olhar para o rabo. Pois nós sugerimos que ele olhe para a frente, pois vai passar para a história como o prefeito das sombras”.
A vereadora sustentou que a gestão é marcada pela falta de clareza: “Tudo nessa administração é nebuloso, escondido. E o povo da cidade está vendo isso, está acordando e querendo dialogar". Ela criticou a ausência de controle social, citando a falta de um Conselho das Cidades.
Aladilce também reiterou a crítica à aprovação dos projetos, acusando o prefeito de desrespeitar até mesmo as instituições:
"Também não respeitou, e ignorou, recomendações do Ministério Público contrárias à aprovação desses mesmos projetos que nós criticamos, e votamos contra, por usurpar prerrogativas da principal lei da cidade que é o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU)”.
A líder da oposição levantou ainda a suspeita de que os projetos foram enviados conjuntamente para "encurtar os prazos" e evitar o debate. Ela citou os projetos 175 e 424, que, segundo ela, alteram áreas de preservação e gabaritos de construção na orla sem estudos técnicos aprofundados.
Aladilce também alertou que propostas como a do Plano de Saneamento e a da Cidade Inteligente, que mexem no PDDU, exigiram tempo insuficiente para análise das emendas e uma discussão mais ampla com a população.















