Câmara de Salvador deve votar reajuste dos servidores em meio à greve dos professores
- Redação | BA071
- 21 de mai.
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A Câmara Municipal de Salvador deve votar nesta quinta-feira (22) o projeto de lei enviado pela Prefeitura que trata do reajuste salarial dos servidores municipais. O ponto mais sensível da proposta envolve a categoria dos professores da rede municipal, em greve há 14 dias.
O presidente da Câmara, vereador Carlos Muniz (PSDB), defendeu que haja diálogo entre a gestão e os trabalhadores para encerrar a paralisação. “Entendemos a pauta dos professores e as limitações da Prefeitura, mas não podemos deixar a greve se prolongar, pois ela deixa de ser um problema educacional para ser familiar”, afirmou.
A proposta do Executivo prevê reajuste escalonado para os professores, com índices que variam entre 6,27% e 9,25%. A medida é rejeitada pela categoria, que reivindica um percentual maior e de forma linear.
Muniz revelou ter tentado intermediar uma aproximação entre o secretário municipal da Educação, Thiago Dantas, e a APLB-Sindicato, mas sem sucesso. Segundo ele, a falta de diálogo contribuiu para o agravamento do impasse. “O prefeito Bruno Reis tem dito que cumpre os acordos e segue o que determina a lei, enquanto os professores discordam. Tentamos promover esse diálogo, mas infelizmente ainda não aconteceu”, declarou.
O presidente da Casa reforçou que a paralisação impacta diretamente as famílias, especialmente mães que dependem da escola para deixar os filhos durante o expediente de trabalho. “É um problema que ultrapassa os muros da educação e precisa ser resolvido com urgência”, concluiu.
