Wagner Moura acusa PT de abandonar o teatro baiano e mira secretário Bruno Monteiro
- Redação BA071
- 24 de set.
- 2 min de leitura

O ator baiano Wagner Moura não poupou críticas à condução da política cultural na Bahia. Durante a divulgação do espetáculo O Julgamento – Depois do Inimigo do Povo, ele afirmou que os governos do PT, incluindo a atual gestão do secretário de Cultura, Bruno Monteiro, têm falhado em garantir os incentivos necessários para a sobrevivência do teatro profissional no estado.
“O teatro, em qualquer lugar, depende de incentivos públicos. E eu acho que isso não está acontecendo, e lamento que não esteja acontecendo nos últimos governos do PT na Bahia”, disse Moura.
Ele comparou o cenário atual ao período dos anos 1990, quando, segundo ele, o teatro viveu dias de efervescência cultural durante a gestão de Antônio Carlos Magalhães. “Esse período de alta aconteceu durante o governo de ACM. E me dá uma angústia muito grande dizer isso, mas é verdade. Acho mesmo que governos de esquerda deveriam, por natureza, incentivar muito mais e, sobretudo, neste caso específico, o teatro profissional”, completou.
O ator também lamentou a desvalorização da categoria, lembrando que muitos colegas não conseguem se sustentar apenas com a arte. “É f* ver um ator incrível e perceber que ele não consegue viver disso e precisa ter um emprego em outra área. Isso me dói. Quero ver esses atores ocupando o lugar que merecem”, declarou.
Para Moura, o problema não se limita à Bahia. Ele avaliou que a cultura brasileira segue sendo subfinanciada e cobrou mais atenção para o teatro em nível nacional. “Bom que apoiam manifestações culturais do interior da Bahia, que eu acho incríveis e que devem acontecer. Mas o teatro profissional, eu sinto que está abandonado e precisa de mais atenção”, concluiu.













