Jerônimo mira a Agerba e acerta em Angelo Coronel, após críticas ao Ferry-boat
- Redação | BA071

- 13 de fev.
- 2 min de leitura

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), fez duras críticas à Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) nesta quarta-feira (12), em meio à crise na operação do sistema Ferry-boat. A fala, porém, foi interpretada nos bastidores como um recado ao senador Angelo Coronel (PSD), devido ao comando da autarquia estar nas mãos de Carlos Henrique de Azevedo Martins, irmão do parlamentar.
Jerônimo expressou insatisfação com a atuação da Agerba, acusando a agência de falhas na fiscalização do serviço. "Chamei a Agerba, não tá correto. A Agerba é responsável por isso, assim como o transporte regional e metropolitano. Eu não fico contente quando as coisas estão erradas", declarou. O governador também afirmou que pode rever o contrato de concessão do Ferry-boat, atualmente sob gestão da Internacional Marítima.
Nos bastidores, o posicionamento de Jerônimo é visto como mais um capítulo da tensão com Coronel, que se intensificou após o senador ser preterido da chapa majoritária para 2026. O atrito ganhou força após declarações de Jaques Wagner e do próprio Jerônimo, que sinalizaram a preferência por uma composição “puro sangue” com Wagner e Rui Costa na disputa pelo Senado.
A Agerba, sob gestão de Carlos Henrique e vinculada à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) – também comandada pelo PSD –, está sob pressão do governador, que solicitou uma nova licitação para o serviço do Ferry-boat. "A paciência esgota e eu retomei isso para o meu gabinete. Pedi para refazer a licitação junto com Seinfra, Sedur e Casa Civil", disse Jerônimo.
A crise do Ferry-boat, serviço essencial para a ligação Salvador-Itaparica, ganhou mais um capítulo político, evidenciando o racha entre PT e PSD, aliados históricos na Bahia.















