Bruno Reis descarta tarifa zero em Salvador: "Cidade não tem condições de assumir"
- Redação BA071
- 13 de out.
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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), descartou nesta segunda-feira (13) a possibilidade de implementar a gratuidade no transporte público da capital baiana sem o aporte financeiro do Governo Federal. Em entrevista coletiva, o chefe do Executivo soteropolitano afirmou que o custo anual do sistema, de R$ 1,03 bilhão, está muito além da capacidade orçamentária do município.
A declaração ocorre após o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter revelado na semana passada que o presidente Lula solicitou à equipe econômica um estudo de viabilidade sobre a tarifa zero.
Bruno Reis foi enfático ao afirmar que a prefeitura não pode bancar a gratuidade sozinha, alegando que apenas 5% do orçamento da capital está disponível para novos investimentos. Atualmente, o município já subsidia R$ 0,42 por passagem para manter o equilíbrio do sistema.
"Faça essa conta aí rapidinho, e vocês vão ver que a cidade não tem condições de assumir. Alguém vai pagar, se for o governo federal, aplausos, tem todo nosso apoio, nós estamos e somos plenamente favoráveis", declarou o prefeito.
Ele também criticou a discussão sem fontes de custeio definidas: "Vamos parar de piada, de conversa fiada, de enrolar a população. Se o governo federal assumir, terá todo o nosso apoio. Porém, os municípios não têm condições de bancar isso sozinhos", disparou Bruno Reis.
A ideia da tarifa zero voltou ao debate nacional depois que o Ministro Haddad confirmou a realização de um mapeamento do setor de transporte público a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Nós sabemos que o transporte público no Brasil, sobretudo urbano, é uma questão importante para o trabalhador. Nesse momento nós estamos fazendo radiografia do setor a pedido do presidente. Tem vários estudos que estão sendo recuperados pela Fazenda para verificar se existem outras formas mais adequadas de financiar o setor," disse Haddad à EBC.
Contudo, o Ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa, pregou cautela sobre a celeridade da medida. Em entrevista na última quarta-feira (8), Rui Costa afirmou que ainda não há "nada programado para ano que vem nem para este ano", destacando que a solicitação do presidente foi apenas para a realização dos estudos.















