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Aldeia Pataxó é atacada a tiros e DPU cobra ação imediata contra latifundiário

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Foto: DPU / Divulgação


A Defensoria Pública da União (DPU) exigiu providências imediatas das autoridades de segurança pública da Bahia e federais após um violento ataque à Aldeia Pataxó Kaí, na última quarta-feira (1º). A aldeia fica localizada no distrito de Cumuruxatiba, no município de Prado, Extremo Sul da Bahia, dentro do Território Kaí/Pequi.


Segundo a DPU, um grupo de cerca de 40 pessoas armadas invadiu a comunidade e efetuou disparos, resultando em dois indígenas baleados e hospitalizados. O ataque, que configura uma gravíssima violação de direitos humanos e territoriais, teria sido articulado e financiado por um latifundiário da região, conforme relatos colhidos pela Defensoria.


Em ofício conjunto da Defensoria Nacional de Direitos Humanos (DNDH) e da Defensoria Regional na Bahia (DRDH-BA), a DPU demandou a adoção de medidas urgentes para garantir a segurança dos indígenas e a apuração dos fatos "com rigor e celeridade".


"Informações recebidas pela DPU apontam que, na tarde dessa quarta-feira (1º), um grupo de aproximadamente 40 pessoas chegou à localidade em um ônibus e efetuou disparos contra os membros da comunidade", detalha o órgão em nota. "Os relatos dão conta de que os próprios integrantes do grupo criminoso teriam confessado que a ação foi articulada e financiada por um latifundiário da região."


O ofício foi encaminhado à Polícia Federal (PF) na Bahia, à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e à Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP/BA), com as seguintes cobranças específicas:


  1. Polícia Federal: Instalação imediata de inquérito policial, deslocamento de equipe para a Aldeia Pataxó Kaí para oitiva dos envolvidos, prisão em flagrante dos agressores (se cabível) e minuciosa perícia no local do crime.

  2. Senasp: Pedido de informações sobre a atuação da Força Nacional na área e a adoção de medidas para que a conduta dos agentes esteja em conformidade com protocolos de proteção aos direitos humanos.

  3. SSP/BA: Atuação em regime de cooperação, oferecendo suporte às forças federais e intensificando o policiamento na região para prevenir novas escaladas de violência.


A DPU ressalta que a situação exige uma atuação "imediata e coordenada" para proteger a comunidade, garantir a responsabilização dos executores e do suposto mandante, e preservar as provas da violência. As informações são da Agência Brasil.

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